Lino Vitti Cadeira n° 37 - Patrono: Sebastião Ferraz |
(Soneto premiado em 2º lugar em concurso da Itália)
Quando entardece a vida e um sol pobre e enfermiço
diz adeuses ao sonho e aos encantos do amor,
eu me ponho a chorar (chorar por causa disso?)
porque as sombras já vêm, põe-se em fuga o calor.
Onde está tudo quanto, envolvido em feitiço,
foi um tesouro imenso espargindo luzor?
O passado interrogo e as saudades atiço,
tudo em vão...tudo em vão...Vem da noite o pavor!
Tarde minha que vens, frigidamente triste,
és, suponho, e talvez, gesto de despedida,
um anseio final que ainda em mim persiste.
Eu sei que levas junto, inteira, a minha vida,
és dolorido adeus a que ninguém resiste,
és despedida, sim... Então, adeus, querida!
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