Rio Piracicaba

Rio Piracicaba
Rio Piracicaba cheio (foto Ivana Negri)

Patrimônio da cidade, a Sapucaia florida (foto Ivana Negri)

Balão atravessando a ponte estaiada (foto Ivana Negri)

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sábado, 10 de março de 2012

Absolutização da Ciência?

Armando Alexandre dos Santos
Cadeira n° 10 - Patrono: Brasílio Machado
A Ciência não pode ser absolutizada como se fosse religião. Durante décadas, os médicos recomendaram margarina e proibiram manteiga, mas parece que agora descobriram que margarina é que faz mal. Proibiram comer ovo, por causa do famoso colesterol, mas agora os cardiologistas descobriram que a gema de ovo faz bem para o coração e para a circulação sanguínea.
Por outro lado, certas coisas populares, que nossas avós aprenderam com as avós delas, e que os cientistas reputavam crendices populares de gente inculta, às vezes a própria ciência descobre serem verdadeiras. O exemplo mais característico é o da famosa canja de galinha, que desde o século XVI, quando os portugueses se estabeleceram em Goa, na Índia, tem fama de ser boa para doentes com gripes e resfriados. Isso todos nós ouvimos das nossas avós. Agora, descobriram que a combinação de gordura de galinha com amido de arroz produz uma substância que abaixa a febre, aumenta a resistência orgânica, alimenta sem sobrecarregar demais o sistema digestivo etc. Em resumo, é ótima para gripados e resfriados. Exatamente como nossas avós já sabiam...
A fitoterapia foi, durante muitas décadas, zombada, ridicularizada por médicos de inspiração positivista. Agora, é revalorizada. Ouvi uma conferência interessantíssima, de um pesquisador da Embrapa, Prof. Evaristo Eduardo de Miranda, sobre o potencial fitoterápico da Amazônia. Ele contou um caso muito curioso, de uma índia que apareceu num posto médico, com a filha, menina de dois anos, com o rostinho inteiramente queimado. A cabana incendiara e a menina ficara com o rosto todo queimado. O médico tratou a menina como foi possível, aliviou a sua dor, medicou-a. Ao cabo de 10 dias, a menina estava fora de perigo mas, segundo o médico, ficaria com o rosto deformado para sempre, porque a Medicina não tem a capacidade de restaurar a pele e os tecidos nervosos subcutâneos destruídos pelo fogo. Mas recomendou que, apenas como medida de acompanhamento, um ano depois a menina fosse levada de volta ao posto médico.
Um ano depois, a índia retornou com a menina, já maiorzinha, e com o rostinho liso e inteiramente normal. O médico não queria inicialmente acreditar que fosse a mesma menina, disse que era impossível. Mas a índia explicou que a menina tinha sido tratada pela avó, com um emplastro de umas folhas que ela conhecia e que a pele tinha sido restaurada. O médico perguntou que folhas eram.
- Isso não sei, respondeu a índia, minha mãe é que conhecia, e ela morreu há 6 meses.
O médico fez um relatório completo do caso e numerosos laboratórios internacionais se puseram a pesquisar sistematicamente toda a vegetação num raio de 10 km em torno da aldeia indígena. Estão gastando milhões de dólares na pesquisa, analisando e tentando sintetizar milhares de vegetais diferentes. Quando um dos laboratórios, afinal, descobrir, patenteará um medicamento e ganhará bilhões. É assim que as coisas funcionam...
No meu modo de entender, o que falta ao gênero humano é humildade. A ciência é importantíssima, sem a menor dúvida, mas não pode "brincar de Deus", mexendo imprudentemente com certas forças da natureza que estão acima de nossa capacidade de controle e até mesmo de nossa compreensão. Por exemplo, a energia atômica. Por mais que possa ser utilmente aplicada, considero altamente imprudente sua utilização. Posso ser tachado de obscurantista, mas, sinceramente, preferiria viver num mundo em que os físicos não conhecessem a estrutura do átomo, mas no qual também não houvesse bombas atômicas, vazamentos de usinas nucleares, manipulações genéticas perigosíssimas etc. etc.
Esse é o meu modo de pensar. Respeito, claro, quem pense de outra forma.

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Galeria Acadêmica

1-Alexandre Sarkis Neder - Cadeira n° 13 - Patrono: Dario Brasil
2- Maria Madalena t Tricanico de Carvalho Silveira- Cadeira n° 14 - Patrono: Branca Motta de Toledo Sachs
3-Antonio Carlos Fusatto - Cadeira n° 6 - Patrono: Nélio Ferraz de Arruda
4-Marcelo Batuíra da Cunha Losso Pedroso - Cadeira n° 15 - Patrono: Archimedes Dutra
5-Aracy Duarte Ferrari - Cadeira n° 16 - Patrono: José Mathias Bragion
6-Armando Alexandre dos Santos- Cadeira n° 10 - Patrono: Brasílio Machado
7-Barjas Negri - Cadeira no 5 - Patrono: Leandro Guerrini
8-Christina Aparecida Negro Silva - Cadeira n° 17 - Patrono: Virgínia Prata Gregolin
9-Carmen Maria da Silva Fernandez Pilotto - Cadeira n° 19 - Patrono: Ubirajara Malagueta Lara
10-Cássio Camilo Almeida de Negri - Cadeira n° 20 - Patrono: Benedito Evangelista da Costa
11- Antonio Filogênio de Paula Junior-Cadeira n° 12 - Patrono: Ricardo Ferraz de Arruda Pinto
12-Edson Rontani Júnior - Cadeira n° 18 - Patrono: Madalena Salatti de Almeida
13-Elda Nympha Cobra Silveira - Cadeira n° 21 - Patrono: José Ferraz de Almeida Junior
14-Bianca Teresa de Oliveira Rosenthal - cadeira no 31 - Patrono Victorio Angelo Cobra
15-Evaldo Vicente - Cadeira n° 23 - Patrono: Leo Vaz
16-Lídia Varela Sendin - Cadeira n° 8 - Patrono: Fortunato Losso Netto
17-Shirley Brunelli Crestana- Cadeira n° 27 - Patrono: Salvador de Toledo Pisa Junior
18-Gregorio Marchiori Netto - Cadeira n° 28 - Patrono: Delfim Ferreira da Rocha Neto
19-Carmelina de Toledo Piza - Cadeira n° 29 - Patrono: Laudelina Cotrim de Castro
20-Ivana Maria França de Negri - Cadeira n° 33 - Patrono: Fernando Ferraz de Arruda
21-Jamil Nassif Abib (Mons.) - Cadeira n° 1 - Patrono: João Chiarini
22-João Baptista de Souza Negreiros Athayde - Cadeira n° 34 - Patrono: Adriano Nogueira
23-João Umberto Nassif - Cadeira n° 35 - Patrono: Prudente José de Moraes Barros
24-Leda Coletti - Cadeira n° 36 - Patrono: Olívia Bianco
25-Maria de Lourdes Piedade Sodero Martins - cadeira no 26 Patrono Nelson Camponês do Brasil
26-Maria Helena Vieira Aguiar Corazza - Cadeira n° 3 - Patrono: Luiz de Queiroz
27-Marisa Amábile Fillet Bueloni - cadeira no32 - Patrono Thales castanho de Andrade
28-Marly Therezinha Germano Perecin - Cadeira n° 2 - Patrona: Jaçanã Althair Pereira Guerrini
29-Mônica Aguiar Corazza Stefani - Cadeira n° 9 - Patrono: José Maria de Carvalho Ferreira
30-Myria Machado Botelho - Cadeira n° 24 - Patrono: Maria Cecília Machado Bonachela
31-Newman Ribeiro Simões - cadeira no 38 - Patrono Elias de Mello Ayres
32-Angela Maria Furlan – Cadeira n° 25 – Patrono: Francisco Lagreca
33-Paulo Celso Bassetti - Cadeira n° 39 - Patrono: José Luiz Guidotti
34-Raquel Delvaje - Cadeira no 40 - Patrono Barão de Rezende
35- Elisabete Jurema Bortolin - Cadeira n° 7 - Patrono: Helly de Campos Melges
36-Sílvia Regina de OLiveira - Cadeira no 22 - Patrono Erotides de Campos
37-Valdiza Maria Capranico - Cadeira no 4 - Patrono Haldumont Nobre Ferraz
38-Vitor Pires Vencovsky - Cadeira no 30 - Patrono Jorge Anéfalos
39-Waldemar Romano - Cadeira n° 11 - Patrono: Benedito de Andrade
40-Walter Naime - Cadeira no 37 - Patrono Sebastião Ferraz