Geraldo Victorino de França
Cadeira n° 27 - Patrono: Salvador de Toledo Pisa Junior
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No final do
século XX os cientistas chegaram à constatação da fragilidade dos ambientes,
tanto terrestres como aquáticos, ameaçados pela poluição e pelo aquecimento
global.
As florestas
tropicais, que fornecem a maior parte do oxigênio necessário à respiração dos
seres vivos, estão sendo devastadas, principalmente na África, na América do
Sul e no Sudeste da Ásia. A camada de ozônio que nos protegia contra as radiações
nocivas, como os raios ultra-violeta, está ficando cada vez menor.
Os
problemas ambientais têm origem no mau uso do solo e no aumento da
industrialização. A erosão do solo e a mineração a céu aberto deixaram
cicatrizes na área rural. Na zona urbana, as cidades foram crescendo e as
fábricas e veículos foram se multiplicando, liberando substâncias tóxicas no
ar. Com a tendência de outros países também se desenvolverem, aumentando
a industrialização, a poluição poderá levar a Terra a uma catástrofe ecológica.
A poluição do ar
é causada por várias fontes: a) motores de combustão interna, que produzem
dióxido de carbono, hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio; b) usinas elétricas
movidas a carvão e outros processos industriais que liberam óxidos de enxofre e
nitrogênio que, combinados à umidade atmosférica, produzem os ácidos sulfúrico
e nítrico, ocasionando as chamadas "chuvas ácidas", que causam sérios
danos às plantas e aos animais; c) queimadas anuais de restos de culturas e
sobras de capim das pastagens, que produzem fuligem e gases tóxicos.
A poluição
da água é provocada por resíduos industriais e domésticos, bem como vazamentos
de navios e tubulações, causando sérios danos às várias formas de vida
aquática.
A poluição
do solo é causada principalmente pelo uso de agrotóxicos ou defensivos
agrícolas – inseticidas, fungicidas, herbicidas etc.
Em consequência
da emissão de gases na atmosfera, ocorre o chamado "efeito estufa",
que provoca o aquecimento global – processo lento e gradual. As temperaturas
médias da Terra aumentaram cerca de 0,5 graus centígrados no último século. Os
cientistas preveem que se o clima continuar a se tornar mais quente, as
geleiras das calotas polares tendem a derreter-se e a liberar mais água para os
oceanos, elevando o nível dos mares. A projeção para o futuro é preocupante,
podendo ocorrer o desaparecimento das ilhas baixas e a inundação de cidades
litorâneas, como Veneza, Rio de Janeiro, Santos, Nova York etc.
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