Raquel
Delvaje
Os
botões do rádio antigo.
Aumentava-se
o som,
Acertava-se
um agudo,
Um
grave.
A
arte não morreu.
A
arte trafega.
Nas
veias, no sangue e
no
coração.
Os
teus olhos magníficos.
Perdi-me
de mim mesma,
Quando
caminhei ao Sol ardente
do
deserto.
As
feridas ficaram abertas
E
os caminhos tortuosos ardiam
os
pés cansados.
Um
pássaro voava no céu azul.
Os
caminhos não são somente flores,
Aos
cinquenta, já sabemos disso,
Já
conhecemos o deserto,
Nos
espinhos.
Aprendemos
muito,
Apanhamos
muito.
Sabemos
que têm caminhos vários,
Que
confundem o certo a seguir.
Cantamos.
Fugimos.
Na
simbiose de um vago profundo,
Que
não encontra a porta da saída.
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