Esta frase exige muita reflexão, porque antes de sermos filhas, mães, irmãs, esposas, profissionais, amigas, “somos mulheres”.
Refletir sobre o valor que temos já nos dá um suporte de autoridade e personalidade, que não podemos ignorar.
A mulher por si só já traz, como sua “marca registrada”, o poder de gerar e dar à luz toda a raça humana. Óbvio que há o seu parceiro para que esse milagre da concepção da vida se realize, contudo, a sua própria raça, seu sangue, seu leite, seu suor, suas dores e seu amor profundo e ilimitado no cuidado de suas crias que ela defende com unhas e dentes, sem medir obstáculos, já lhe confere estigmas de honra e valor ilimitados.
A mulher é um ser incrível!
Daí, nós, mulheres só precisarmos “descer do nosso pedestal”, para carregar nossos bebês no colo, abraçar os filhos por alegria ou para aquietá-los quando amedrontados, apertá-los ao nosso peito quando aflitos ou infelizes... Descer do nosso pedestal, para ficar às suas alturas, ao sorrir quando se sentem perdidos e lhes dar a nossa vida se preciso for, porque antes de tudo, a “Mãe” se vestiu de “Mulher” para tirar este mundo do feio e do mal, e levá-lo ao alto dos picos da dignidade, da bondade e da beleza!
Tudo bem, tudo certo, tudo mais que perfeito, porém, esta “Mulher” também precisa ser cuidada, tratada, respeitada, honrada e muito amada, senão, como me disse uma amiga, “será melhor ficar só, do que mal acompanhada...”
Mulher sem carinho e sem respeito, “murcha”, “apaga”, ficando apenas, como um “objeto de uso”, um ser inexpressivo e sem graça, cujo atrativo principal que seria a sua “sensualidade”, desbotou tanto, a ponto de destruir o seu “amor-próprio” e a sua natureza 102 Revista da Academia Piracicabana de Letras
de fêmea, desencorajada de seus dotes supremos de sedução, mas, sobremaneira, de amparo seguro e remanso inigualável!
Mulher digna e que se preza, exige direitos inerentes à sua postura de ser humano ativo e cooperativo, tudo envolto numa singeleza sem competição, apesar de sua extrema convicção do que representa na vida do mundo, ainda revestida de grande e específica afabilidade e feminilidade, é claro, acima de tudo.
Atualmente, a mulher conquistou espaços, que em nada precisa se humilhar, temer ou se rebaixar perante qualquer sistema social ou familiar, e isso não quer dizer ser “machona, mandona, antipática ou intratável”, convencimentos esses que desanimam e fazem desandar qualquer tipo de relacionamento.
“Mulher de verdade, compartilha!”
Existe a justiça dos direitos e dos deveres e as leis a amparar com instituições específicas de ajudas, como a “Delegacia da Mulher” e outros locais de atendimento, a se descobrir conforme as necessidades.
O importante é se tornar “importante” perante você mesma em primeiro lugar, jamais se esquecendo da justiça e do respeito perante o outro. Tudo o que não é decente e bem conduzido, não adianta teimar, porque não vai acabar bem. Vai, isso sim, acabar muito mal!
Você pode e deve ser muito honesta naquilo que defende. Não há desculpas para ser desonesta e injusta na sua relação, principalmente se houver filhos envolvidos. Que desgraça você estará minando na vida deles! Se for por mau gênio, “birra” ou pior, por “criancice”, ou “dengo”, pobre de você, que estará cavando um grande cansaço e um enorme “enjoo” no seu companheiro – e pense bem que isso geralmente não tem volta... Cansou, está “substituída”! E quer que eu diga mais? “Bem feito” pela sua ignorância teimosa ou pela sua intransigência infantil!
A mulher de verdade, que quer seu lugar e seu espaço na sociedade ou no seu ambiente de viver, precisa antes de tudo “se dar o valor”, e, sem esforço – normalmente – partir com o mínimo “stress” possível, em busca de seus objetivos e de sua “realização”.
E, lembrem-se sempre: meiguice, ternura, doçura, positivismo e gentileza, tudo misturado com alegria de viver e bom humor, são “armas femininas” que dificilmente encontrarão “rivais” que lhes façam frente.
Faz-se tarde...
Faz-se tarde
...e não há mais sol, mais cor.
Só céu...
Faz-se tarde,
e não faz frio nem calor.
As ruas pararam,
sem sombras,
sem gente,
vazias...
Faz-se tarde, amor,
tarde do dia bonito que se foi,
da tarde ensolarada de você,
do muito, muito
que eu tive pra falar
e não importa mais dizer.
Faz-se tarde...
tão tarde, meu amor,
que agora,
tudo se tornou
tarde demais.
Saudade em 4 tempos
TEMPO 1
Quando as nuvens da tarde
Apertam o coração
E o verde da paisagem
Leva à mansão da solidão...
É tempo de lembrar
Do crepúsculo
Dos que ainda
Caminham ofegantes
Pela saudade
Torturante
Sem nem ao menos
Poder dizer adeus...
Apertam o coração
E o verde da paisagem
Leva à mansão da solidão...
É tempo de lembrar
Do crepúsculo
Dos que ainda
Caminham ofegantes
Pela saudade
Torturante
Sem nem ao menos
Poder dizer adeus...
TEMPO 2
E...
Esse aperto doloroso
Querendo dizer
Coisas das quais
Não sei o “porquê”
E... Me recuso
Sequer, tentar
Entender.
TEMPO 3
De onde vem
Essa saudade
Daqueles momentos
Que já nem lembro mais?
Fugi?
Disfarcei?
Destruí, ou...
Desisti?
Essa saudade
Daqueles momentos
Que já nem lembro mais?
Fugi?
Disfarcei?
Destruí, ou...
Desisti?
Saudade não é
Só “vontade
De outra vez”
É muito pior
Saudade é
Vontade de ter
E de “reviver”
O que já não é.
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