Rio Piracicaba

Rio Piracicaba
Rio Piracicaba cheio (foto Ivana Negri)

Patrimônio da cidade, a Sapucaia florida (foto Ivana Negri)

Balão atravessando a ponte estaiada (foto Ivana Negri)

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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Colaboração do Acadêmico Elias Salum - Cadeira no 5 - Patrono : Leandro Guerrini


Síria: onde se ouve a voz da História


País considerado um dos berços da civilização por ser, entre outras coisas, o local onde se cultivaram os primórdios da fé monoteísta e se originou a escrita cuneiforme. A sua origem é profundamente histórica para a humanidade.
O Oriente Médio tem posição privilegiada na história da humanidade. As nações que compõem a região são originárias de civilizações milenares, cujos costumes permanecem até hoje, tanto nas culturas locais quanto disseminados pela sociedade moderna ocidental.
Entre os herdeiros dessa tradição está a Síria, considerada o Portão da História, por ter servido como via de acesso do comércio entre o Mediterrâneo e o Oriente, ter levado o alfabeto ao Ocidente e também por ter sido uma terra de transição entre as divindades regionais e a fé monoteísta. A Síria é “onde a voz da história pode ser ouvida, onde o solo imprime as marcas das primeiras civilizações, algumas delas datando do 4° milênio a.C.”, como afirma a revista da Câmara do Comércio Árabe-Brasileira, além das notáveis reportagens históricas divulgadas pela revista “Cham’s”, pela Gazeta “Al Nur” e dezenas de livros históricos, que se encontram na biblioteca da Sociedade Sírio-Libanesa de Piracicaba.
A ocupação da área que hoje compreende a Síria teve início por volta de 9 mil anos a.C., quando grupos de caçadores optaram pelo cultivo de terras, se fixaram na região e ao longo de 6 mil anos desenvolveram o comércio e urbanizaram as comunidades - O que contribuiu para a formação de diversos povos. Entre os fatos mais importantes está a invenção da escrita cuneiforme, na cidade de Ebla, a 3 mil anos a.C.
Desse período até a chegada dos árabes, dominaram a região amonitas, hititas, fenícios, egípcios, arameus, persas, gregos, roma¬nos e assírios (de onde vem o nome do país Síria). Todos eles deixaram suas marcas e contribuíram para o caldeirão cultural das terras sírias, que conquistaram sua primeira independência em 1941 e, somente em 16 de abril de 1946, sua total independência e a procla-mação da República, com a retirada de todas as tropas estrangeiras.
Os imigrantes árabes do Brasil são procedentes da Síria, Lí¬bano e Palestina. Quando se iniciou a imigração, em fins do século XIX, o Império Otomano ainda dominava a região e a grande maioria dos imigrantes chegava com passaporte turco, vindo assim a serem conhecidos por “turcos”, termo este usado pejorativamente e que deturpava a verdadeira identidade nacional dos imigrados.
Em São José do Rio Preto, conforme informa Truzzi, o árabe falado por sírios e libaneses provocou muito mais que chacota e desconfiança. Em 1906, o aguerrido vereador “nacionalista” Por-fírio Pimentel indicou a seus pares edis a aprovação do seguinte projeto:
“A bem popular e bem do governo Municipal desta cidade:
1) Todos os negociantes árabes e turcos desta cidade não poderão continuar no comércio deste Município sem ter um guarda-livros, esse que seja brasileiro, dentro de 30 dias (...)
2) Todos os turcos que falarem na língua turca perto de um brasileiro, por cada vez que falar, multa de 10$000, paga na boca do cofre Municipal. Todo brasileiro que ouvir eles falando e não der parte ao fiscal, multa de 10$000.”
A partir daí, um trabalho de esclarecimento e diferenciação começa a ser promovido pelos imigrantes, tanto nas suas relações pessoais como na imprensa árabe e brasileira. Exemplos sobeja¬mente conhecidos pelos brasileiros são as centenas de instituições e escolas fundadas pelos árabes, como a rua 25 de Março, conhecida até hoje como o núcleo comercial por excelência, de brasileiros árabes; a nossa Sociedade Beneficente Sírio-Libanesa de Piracicaba; o Hospital Sírio-Libanês, entre os maiores e mais conceituados do mundo; o Clube Homus de São Paulo; o Clube Atlético Monte Lí¬bano etc.
Entidades árabes no Brasil: 322. Em São Paulo: 181.55

Líbano


A costa libanesa foi outrora base do poderoso império comercial fenício. Desde essa etnia, a região foi ocupada por assírios, persas, gregos, turcos otomanos, ingleses e franceses. Em 1941, o Líbano conquistou sua independência, após 21 anos sob mandato francês.
Dotado de extenso litoral no Mediterrâneo, praias belíssimas palmas e jardins exuberantes, com uma soberba paisagem natural, constituída de montanhas, o Líbano é provavelmente o mais atraente recanto de todo o Oriente Médio, de onde imigraram milhares de nobres famílias para o Brasil e grande número para a cidade de Piracicaba.
Por feliz coincidência, ontem recebemos, do Senado Federal, cópia do Projeto de Lei n° 445, de 19/11/08, de autoria do Senador Romeu Tuma, que instituiu o dia 22 de novembro como o “Dia da Comunidade Libanesa no Brasil”.
O cedro do Líbano, que é o seu símbolo, é uma árvore muito antiga. Existem muitos tipos de cedros, mas o cedro do Líbano é o mais velho, o mais forte e o mais bonito, podendo viver centenas de anos, e por isso marcou sua presença na história da humanidade. A Fenícia, como era chamada antigamente, ocupava o atual Líbano, que se localiza no continente asiático.
As atividades árabes desenvolvidas nas áreas do comércio, da cultura e da benemerência, em Piracicaba, deram origem à Praça Sírio-Libanesa, em 1967, onde se edificou um destacado monumento. No centenário da fundação da Sociedade Beneficente Sírio-Libanesa, em 2002, construiu-se um Portal, no início da Rua Governador Pedro de Toledo, simbolizando a entrada imigratória dos sírios e libaneses em nossa cidade.

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Galeria Acadêmica

1-Alexandre Sarkis Neder - Cadeira n° 13 - Patrono: Dario Brasil
2- Maria Madalena t Tricanico de Carvalho Silveira- Cadeira n° 14 - Patrono: Branca Motta de Toledo Sachs
3-Antonio Carlos Fusatto - Cadeira n° 6 - Patrono: Nélio Ferraz de Arruda
4-Marcelo Batuíra da Cunha Losso Pedroso - Cadeira n° 15 - Patrono: Archimedes Dutra
5-Aracy Duarte Ferrari - Cadeira n° 16 - Patrono: José Mathias Bragion
6-Armando Alexandre dos Santos- Cadeira n° 10 - Patrono: Brasílio Machado
7-Barjas Negri - Cadeira no 5 - Patrono: Leandro Guerrini
8-Christina Aparecida Negro Silva - Cadeira n° 17 - Patrono: Virgínia Prata Gregolin
9-Carmen Maria da Silva Fernandez Pilotto - Cadeira n° 19 - Patrono: Ubirajara Malagueta Lara
10-Cássio Camilo Almeida de Negri - Cadeira n° 20 - Patrono: Benedito Evangelista da Costa
11- Antonio Filogênio de Paula Junior-Cadeira n° 12 - Patrono: Ricardo Ferraz de Arruda Pinto
12-Edson Rontani Júnior - Cadeira n° 18 - Patrono: Madalena Salatti de Almeida
13-Elda Nympha Cobra Silveira - Cadeira n° 21 - Patrono: José Ferraz de Almeida Junior
14-Bianca Teresa de Oliveira Rosenthal - cadeira no 31 - Patrono Victorio Angelo Cobra
15-Evaldo Vicente - Cadeira n° 23 - Patrono: Leo Vaz
16-Lídia Varela Sendin - Cadeira n° 8 - Patrono: Fortunato Losso Netto
17-Shirley Brunelli Crestana- Cadeira n° 27 - Patrono: Salvador de Toledo Pisa Junior
18-Gregorio Marchiori Netto - Cadeira n° 28 - Patrono: Delfim Ferreira da Rocha Neto
19-Carmelina de Toledo Piza - Cadeira n° 29 - Patrono: Laudelina Cotrim de Castro
20-Ivana Maria França de Negri - Cadeira n° 33 - Patrono: Fernando Ferraz de Arruda
21-Jamil Nassif Abib (Mons.) - Cadeira n° 1 - Patrono: João Chiarini
22-João Baptista de Souza Negreiros Athayde - Cadeira n° 34 - Patrono: Adriano Nogueira
23-João Umberto Nassif - Cadeira n° 35 - Patrono: Prudente José de Moraes Barros
24-Leda Coletti - Cadeira n° 36 - Patrono: Olívia Bianco
25-Maria de Lourdes Piedade Sodero Martins - cadeira no 26 Patrono Nelson Camponês do Brasil
26-Maria Helena Vieira Aguiar Corazza - Cadeira n° 3 - Patrono: Luiz de Queiroz
27-Marisa Amábile Fillet Bueloni - cadeira no32 - Patrono Thales castanho de Andrade
28-Marly Therezinha Germano Perecin - Cadeira n° 2 - Patrona: Jaçanã Althair Pereira Guerrini
29-Mônica Aguiar Corazza Stefani - Cadeira n° 9 - Patrono: José Maria de Carvalho Ferreira
30-Myria Machado Botelho - Cadeira n° 24 - Patrono: Maria Cecília Machado Bonachela
31-Newman Ribeiro Simões - cadeira no 38 - Patrono Elias de Mello Ayres
32-Angela Maria Furlan – Cadeira n° 25 – Patrono: Francisco Lagreca
33-Paulo Celso Bassetti - Cadeira n° 39 - Patrono: José Luiz Guidotti
34-Raquel Delvaje - Cadeira no 40 - Patrono Barão de Rezende
35- Elisabete Jurema Bortolin - Cadeira n° 7 - Patrono: Helly de Campos Melges
36-Sílvia Regina de OLiveira - Cadeira no 22 - Patrono Erotides de Campos
37-Valdiza Maria Capranico - Cadeira no 4 - Patrono Haldumont Nobre Ferraz
38-Vitor Pires Vencovsky - Cadeira no 30 - Patrono Jorge Anéfalos
39-Waldemar Romano - Cadeira n° 11 - Patrono: Benedito de Andrade
40-Walter Naime - Cadeira no 37 - Patrono Sebastião Ferraz