Francisco de Assis Ferraz de Mello - cadeira no 26 |
Um dia eles chegaram. Solidários,
Braços dados, unidos fortemente
Como os anéis de uma tenaz corrente,
Como pólos elétricos contrários.
Eram velhinhos já, octogenários!
Mas havia entre os dois o amor ardente,
Como o que prende um par adolescente
E o acompanha por todos os calvários.
Quem eram, afinal, aqueles seres
- Companheiros nas dores e prazeres –
Já muito além das bodas brilhantes?
Soube-se, então. Não eram nem casados,
Somente um par de eternos namorados
- Desde mocinhos, um casal de amantes.
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