Rio Piracicaba

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Rio Piracicaba cheio (foto Ivana Negri)

Patrimônio da cidade, a Sapucaia florida (foto Ivana Negri)

Balão atravessando a ponte estaiada (foto Ivana Negri)

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terça-feira, 1 de novembro de 2011

LUTO


Cezário de Campos Ferrari
Cadeira n° 12 - Patrono: Ricardo Ferraz do Amaral

                                          Luto

Convidado pelo ilustre acadêmico Prof. Armando Alexandre dos Santos a redigir um artigo para a revista já vitoriosa da Academia Piracicabana de Letras, pensei em vários temas que passavam por mim, porém, decidi-me ao ler um dos artigos da minha colega Taísa Berlingieri, filha de meu amigo Mario Berlingieri, de Jaboticabal – SP, exímia psicóloga e pesquisadora do problema luto, inspirada nos versos de Carlos Drummond de Andrade em seu poema PARA SEMPRE e também em artigos da jornalista e escritora Eliane Brum.
Por ser o mês comemorativo do dia das Mães, ela compartilhou com o leitor o texto, pude refletir introspectivamente a suas escritas:
PARA SEMPRE
Por que Deus permite que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite, é tempo sem hora,
Luz que não se apaga quando sopra o vento
E chuva desaba, veludo escondido,
Na pele enrugada, água pura, ar puro, puro pensamento.
Morrer acontece com o que é breve e passa sem deixar vestígio.
Mãe na sua graça, é eternidade.
Por que Deus se lembra
– mistério profundo –
De tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
Baixava uma lei:
Mãe não morre nunca, mãe ficará sempre,
Junto de seu filho e ele, velho embora, será pequenino
Feito grão de milho.

A autora afirma que as mães não deveriam morrer. Senti tanto o desamparo de uma amiga que perdeu a sua mãe porque sei que as mães não deveriam morrer.
Quando perdemos alguém que amamos, a dor é tão extravagante que nos come vivos, como se fosse uma daquelas formigas africanas que vemos nos documentários da National Geographic. A dor está lá quando acordamos, continua lá quando respiramos. Espreita-nos do espelho diante do qual escovamos os dentes de manhã com um braço que pesa uma tonelada. E, quando por um instante nos distraímos, crava seus dentes bem no coração. Neste longo momento depois da perda, sabemos mais dos buracos negros do que os astrônomos, porque carregamos um dentro de nós. E arrancamos cada dia nosso do interior de sua boa ávida, com uma força que não temos, para que não nos sugue de dentro para dentro.
O artigo escrito pela psicóloga Taísa Berlingieri colocou em mim uma reflexão positiva a respeito da morte, que já havia adquirido quando tive a oportunidade de escrever meu livro há alguns anos, como o tempo sendo um período só dele e que não pode ser determinado em parte alguma e nem por ninguém. Vamos começar a perceber que a mãe é uma ausência presente, poderemos reencontrar a mãe dentro de nós mesmos.
Profundamente agradecido à Srta. Taísa por ter-nos dado esses ensinamentos.




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Galeria Acadêmica

1-Alexandre Sarkis Neder - Cadeira n° 13 - Patrono: Dario Brasil
2- Maria Madalena t Tricanico de Carvalho Silveira- Cadeira n° 14 - Patrono: Branca Motta de Toledo Sachs
3-Antonio Carlos Fusatto - Cadeira n° 6 - Patrono: Nélio Ferraz de Arruda
4-Marcelo Batuíra da Cunha Losso Pedroso - Cadeira n° 15 - Patrono: Archimedes Dutra
5-Aracy Duarte Ferrari - Cadeira n° 16 - Patrono: José Mathias Bragion
6-Armando Alexandre dos Santos- Cadeira n° 10 - Patrono: Brasílio Machado
7-Barjas Negri - Cadeira no 5 - Patrono: Leandro Guerrini
8-Christina Aparecida Negro Silva - Cadeira n° 17 - Patrono: Virgínia Prata Gregolin
9-Carmen Maria da Silva Fernandez Pilotto - Cadeira n° 19 - Patrono: Ubirajara Malagueta Lara
10-Cássio Camilo Almeida de Negri - Cadeira n° 20 - Patrono: Benedito Evangelista da Costa
11- Antonio Filogênio de Paula Junior-Cadeira n° 12 - Patrono: Ricardo Ferraz de Arruda Pinto
12-Edson Rontani Júnior - Cadeira n° 18 - Patrono: Madalena Salatti de Almeida
13-Elda Nympha Cobra Silveira - Cadeira n° 21 - Patrono: José Ferraz de Almeida Junior
14-Bianca Teresa de Oliveira Rosenthal - cadeira no 31 - Patrono Victorio Angelo Cobra
15-Evaldo Vicente - Cadeira n° 23 - Patrono: Leo Vaz
16-Lídia Varela Sendin - Cadeira n° 8 - Patrono: Fortunato Losso Netto
17-Shirley Brunelli Crestana- Cadeira n° 27 - Patrono: Salvador de Toledo Pisa Junior
18-Gregorio Marchiori Netto - Cadeira n° 28 - Patrono: Delfim Ferreira da Rocha Neto
19-Carmelina de Toledo Piza - Cadeira n° 29 - Patrono: Laudelina Cotrim de Castro
20-Ivana Maria França de Negri - Cadeira n° 33 - Patrono: Fernando Ferraz de Arruda
21-Jamil Nassif Abib (Mons.) - Cadeira n° 1 - Patrono: João Chiarini
22-João Baptista de Souza Negreiros Athayde - Cadeira n° 34 - Patrono: Adriano Nogueira
23-João Umberto Nassif - Cadeira n° 35 - Patrono: Prudente José de Moraes Barros
24-Leda Coletti - Cadeira n° 36 - Patrono: Olívia Bianco
25-Maria de Lourdes Piedade Sodero Martins - cadeira no 26 Patrono Nelson Camponês do Brasil
26-Maria Helena Vieira Aguiar Corazza - Cadeira n° 3 - Patrono: Luiz de Queiroz
27-Marisa Amábile Fillet Bueloni - cadeira no32 - Patrono Thales castanho de Andrade
28-Marly Therezinha Germano Perecin - Cadeira n° 2 - Patrona: Jaçanã Althair Pereira Guerrini
29-Mônica Aguiar Corazza Stefani - Cadeira n° 9 - Patrono: José Maria de Carvalho Ferreira
30-Myria Machado Botelho - Cadeira n° 24 - Patrono: Maria Cecília Machado Bonachela
31-Newman Ribeiro Simões - cadeira no 38 - Patrono Elias de Mello Ayres
32-Angela Maria Furlan – Cadeira n° 25 – Patrono: Francisco Lagreca
33-Paulo Celso Bassetti - Cadeira n° 39 - Patrono: José Luiz Guidotti
34-Raquel Delvaje - Cadeira no 40 - Patrono Barão de Rezende
35- Elisabete Jurema Bortolin - Cadeira n° 7 - Patrono: Helly de Campos Melges
36-Sílvia Regina de OLiveira - Cadeira no 22 - Patrono Erotides de Campos
37-Valdiza Maria Capranico - Cadeira no 4 - Patrono Haldumont Nobre Ferraz
38-Vitor Pires Vencovsky - Cadeira no 30 - Patrono Jorge Anéfalos
39-Waldemar Romano - Cadeira n° 11 - Patrono: Benedito de Andrade
40-Walter Naime - Cadeira no 37 - Patrono Sebastião Ferraz